sábado, 21 de dezembro de 2013

Cidade

Um sonho, uma história e um ideal: Vermelho Novo completa seus 18 anos


 Vermelho Novo cresceu significativamente nos últimos anos
       DA REDAÇÃO - Hoje, 21 de dezembro, o município de Vermelho Novo comemora seus 18 anos de emancipação político administrativo. A data marca o desligamento oficial do então distrito do município de Raul Soares, momento de relembrar a luta de muitos vermelhenses, pessoas que dedicaram tempo em prol da realização do tão almejado sonho. Ao comemorar seus 18 anos Vermelho Novo tem muitos sonhos e desafios pela frente.

 
Hoje o município conta com cerca de 30 comunidades rurais
que sustentam a unidade municipal
        O nome Vermelho Novo tem duas versões todas derivadas das águas do rio que corta a cidade. Devido à coloração avermelhada da água o ribeirão recebeu o nome de "vermelho". Algumas pessoas afirmam que essa coloração era provocada pela terra vermelha muito presente na bacia, outros dizem ser a decomposição das folhagens que caiam em seu leito. Por já existir um arraial as margens do mesmo rio, denominado de Arraial Vermelho - hoje distrito raul-soarense de Vermelho Velho – com o surgimento de um novo vilarejo a doze quilômetro às margens do mesmo rio, chamaram então de arraial do Vermelho Novo. Depois de alguns anos o vilarejo elevou-se a distrito, já pertenceu ao município de Matipó, Caratinga e no inicio do século passado, por volta do ano de 1924, com a emancipação de Raul Soares integrou-se a ele, sendo que dele fez parte até o dia 21 de dezembro do ano de 1995.

DESTINO OU SORTE

A chegada do asfalto foi umas das grandes conquistas do
município
            No mesmo período estava acontecendo em todo país, uma corrida emancipacionista. Só no estado de Minas Gerais quase cem distritos, tinham processos protocolados. O grande número de futuros municípios assustou o então governador do estado Eduardo Azeredo, que iria vetar a lei. Quando todos achavam que não tinha mais recurso, o então governador e o vice, deixam temporariamente o palácio da liberdade, devido à uma viagem para Europa. Assume, então, o governo mineiro o presidente da Assembléia Legislativa Agostinho Patrús. O parlamentar que apoiava as emancipações, assinando a lei de nº 12.030 no dia 21 de dezembro de 1995 – quinta feira –, autorizando assim a criação de dezenas de novos municípios, dentre eles o de Vermelho Novo.

A LUTA
A produção cafeeira foi uma das principais força na economia
local para a emancipação do distrito
        O sonho de independência do então distrito de Vermelho Novo iniciou bem cedo, ainda com o saudoso padre Manoel Moreira de Abreu, filho da terra estudou e ordenou-se sacerdote no seminário na cidade de Mariana, em meados do século passado. Depois de padre por intermédio de seu pai Coronel Tóte, influente fazendeiro na região, junto à diocese de Mariana foi autorizado sua permanecia em sua terra natal.

     Padre Manoel lutou incansavelmente para a emancipação política, sendo assim o primeiro passo para o progresso. Até o hino do então distrito – hoje município – foi criado para realmente marcar esse ideal, e reflete em trechos a visão de um futuro promissor, "A paz e o progresso queremos nós é o nosso lema que escolhemos". O sonho não foi alcançado pelo padre, mas anos depois, um grupo de pessoas reavivou o desejo de liberdade. No ano de 1993, devido à lei que permitia a criação de novos municípios, uma comissão emancipacionista, encabeçada pelo padre Silas de Barros, pároco da cidade na época, formou-se um multidão de pessoas envolvidas no trabalho, e processos começaram a ser encaminhados a assembléia e ao governo de minas em Belo Horizonte.
       Jorge Pires, coordenador paroquial na época, foi escolhido presidente da comissão. Escolheu-se também os secretários, tesoureiros e fiscais para os trabalhos. "O sonho reavivou durante um encontro com o Dom Helio lá em Vermelho Velho, ele perguntou o por quê que Vermelho Novo também não lutava para emancipar foi ai que iniciamos com muito entusiasmo o processo para emancipação", contou o senhor Jorge. Depois de formada a comissão começou então a corrida, dezenas de pessoas da comunidade ajudaram nas construções de casas no perímetro urbano para atingir o número exigido na época, alem disso pesava ainda o fator econômico. "O que salvou o processo na questão financeira foi a empresa de extração de caolim, que operava no distrito e gerava renda e mais de 100 empregos para a comunidade", enfatizou Dona Áurea, que foi secretária da comissão, destacando ainda que o fator agrícola, principalmente a produção cafeeira, contribuiu também de maneira satisfatória no processo. Muitas outras dificuldades foram enfrentadas, viagens a capital mineira, concorrência de pessoas contrarias ao desmembramento.

       Até o fechamento da redação não se tinha informação se haverá algum evento no município para comemorar a data.
 
Reportagem e Fotos: Francisco de Assis Pinto - uniaodosvales@gmail.com
 
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"Vermelho Novo das terras vermelhas, dos ideais de progresso, que ultrapassaram os limites das serras, e para muitos que são centenários nós só temos 18 anos. Parabéns a todos que ajudaram a fazer uma história e aqueles que continuaram a construir nossa história, para que não nos percamos no egoísmo, mas encontremos o caminho para o avanço e prósperidade de nossa terra sem esquecermos a nossa cultura, nossas tradições. Enfim, nossa gente. Assim viemos e assim lutaram...".
 
Uma homenagem do Jornal "União dos Vales"
- Orgulho de ser de Vermelho Novo e contar a nossa história.
 

 


 

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