DA REDAÇÃO - Hoje, 21 de dezembro, o município de Vermelho Novo comemora seus 18 anos de emancipação político administrativo. A data marca o desligamento oficial do então distrito do município de Raul Soares, momento de relembrar a luta de muitos vermelhenses, pessoas que dedicaram tempo em prol da realização do tão almejado sonho. Ao comemorar seus 18 anos Vermelho Novo tem muitos sonhos e desafios pela frente.
Vermelho Novo cresceu significativamente nos últimos anos |
Hoje o município conta com cerca de 30 comunidades rurais que sustentam a unidade municipal |
DESTINO OU SORTE
A chegada do asfalto foi umas das grandes conquistas do município |
No mesmo período estava acontecendo em todo país, uma corrida emancipacionista. Só no estado de Minas Gerais quase cem distritos, tinham processos protocolados. O grande número de futuros municípios assustou o então governador do estado Eduardo Azeredo, que iria vetar a lei. Quando todos achavam que não tinha mais recurso, o então governador e o vice, deixam temporariamente o palácio da liberdade, devido à uma viagem para Europa. Assume, então, o governo mineiro o presidente da Assembléia Legislativa Agostinho Patrús. O parlamentar que apoiava as emancipações, assinando a lei de nº 12.030 no dia 21 de dezembro de 1995 – quinta feira –, autorizando assim a criação de dezenas de novos municípios, dentre eles o de Vermelho Novo.
A LUTA
O sonho de independência do então distrito de Vermelho Novo iniciou bem cedo, ainda com o saudoso padre Manoel Moreira de Abreu, filho da terra estudou e ordenou-se sacerdote no seminário na cidade de Mariana, em meados do século passado. Depois de padre por intermédio de seu pai Coronel Tóte, influente fazendeiro na região, junto à diocese de Mariana foi autorizado sua permanecia em sua terra natal.
Padre Manoel lutou incansavelmente para a emancipação política, sendo assim o primeiro passo para o progresso. Até o hino do então distrito – hoje município – foi criado para realmente marcar esse ideal, e reflete em trechos a visão de um futuro promissor, "A paz e o progresso queremos nós é o nosso lema que escolhemos". O sonho não foi alcançado pelo padre, mas anos depois, um grupo de pessoas reavivou o desejo de liberdade. No ano de 1993, devido à lei que permitia a criação de novos municípios, uma comissão emancipacionista, encabeçada pelo padre Silas de Barros, pároco da cidade na época, formou-se um multidão de pessoas envolvidas no trabalho, e processos começaram a ser encaminhados a assembléia e ao governo de minas em Belo Horizonte.
Jorge Pires, coordenador paroquial na época, foi escolhido presidente da comissão. Escolheu-se também os secretários, tesoureiros e fiscais para os trabalhos. "O sonho reavivou durante um encontro com o Dom Helio lá em Vermelho Velho, ele perguntou o por quê que Vermelho Novo também não lutava para emancipar foi ai que iniciamos com muito entusiasmo o processo para emancipação", contou o senhor Jorge. Depois de formada a comissão começou então a corrida, dezenas de pessoas da comunidade ajudaram nas construções de casas no perímetro urbano para atingir o número exigido na época, alem disso pesava ainda o fator econômico. "O que salvou o processo na questão financeira foi a empresa de extração de caolim, que operava no distrito e gerava renda e mais de 100 empregos para a comunidade", enfatizou Dona Áurea, que foi secretária da comissão, destacando ainda que o fator agrícola, principalmente a produção cafeeira, contribuiu também de maneira satisfatória no processo. Muitas outras dificuldades foram enfrentadas, viagens a capital mineira, concorrência de pessoas contrarias ao desmembramento.
Até o fechamento da redação não se tinha informação se haverá algum evento no município para comemorar a data.
Reportagem e Fotos: Francisco de Assis Pinto - uniaodosvales@gmail.com
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"Vermelho Novo das terras vermelhas, dos ideais de progresso, que ultrapassaram os limites das serras, e para muitos que são centenários nós só temos 18 anos. Parabéns a todos que ajudaram a fazer uma história e aqueles que continuaram a construir nossa história, para que não nos percamos no egoísmo, mas encontremos o caminho para o avanço e prósperidade de nossa terra sem esquecermos a nossa cultura, nossas tradições. Enfim, nossa gente. Assim viemos e assim lutaram...".
Uma homenagem do Jornal "União dos Vales"
- Orgulho de ser de Vermelho Novo e contar a nossa história.
- Orgulho de ser de Vermelho Novo e contar a nossa história.
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