Cidade/ Social

Após vinte anos filha encontra mãe desaparecida através do facebook

“Ela desapareceu em BH e mora há 17 anos em Vermelho Novo”

Clarice (Icarícia) falou por telefonecom a
 filha, depois de 20 anos desaparecida

          REDAÇÃO – Muitos anos se passaram e uma procura angustiante pela mãe que havia sumido a 20 anos em Belo Horizonte, continuou. Do outro lado à história triste de uma mãe que largou tudo e veio para o interior do estado. Um drama que chegou ao final nesta terça-feira, 03 de julho, tudo graças à rede social “Facebook”. Em menos de 24 horas a filha conversou com a mãe por telefone.

        Mirene Aguiar adicionou contato com Patrícia de Oliveira, moradora da cidade de Vermelho Novo, na página do facebook Mirene procurava por sua mãe que havia desaparecido há (20) vinte anos na região metropolitana de Belo Horizonte, onde ela residia com seus filhos. “A mulher procurava por sua mãe Icarícia, nome incomum na cidade. Entrei em contato com a assistente social do município Silvana Chaves e ela me informou que se tratava realmente da mulher procurada.

A filha encontrou a mãe através da rede social

Porém Icarícia é conhecida em Vermelho Novo como “Clarice do Zé do Dado” o que dificultou o meu reconhecimento”, contou Patrícia. Com as informações a Assistente Social entrou em contado com Mirene. “Sabendo dessa procura e de posse do número do telefone da filha entrei em contato. Ela estava muito emocionada no telefone e chorava muito ao saber o destino de sua mãe. Para confirmar realmente que se tratava da mesma pessoa eu postei uma foto de Clarice (Icarícia) na manhã dessa terça-feira e realmente Mirene reconheceu a mãe, após duas décadas sem ter notícias”, contou Silvania Chaves.

A NOTÍCIA PARA A MÃE

Patrícia de Oliveira foi quem adicionou Mirene de BH 

         Com a confirmação sobre o paradeiro dos filhos o nome Mirene não era nada estranho para Clarice, pois ele era sempre falado pela senhora de 57 anos de idade, que tinha o sonho de reencontrar os rebentos que deixara na capital. Na manhã desta terça-feira, menos de 24 horas depois do contato, a Assistente Social, acompanhada de Patrícia e da reportagem do Jornal União dos Vales, foram até a casa de Clarice para comunicá-la a boa notícia, ela ainda estava dormindo. Depois de alguns minutos ela atendeu ao chamado, meio desconfiada e sem perder o bom humor, ela brincou: “Vocês não vieram “mim” prender não né?”. Mas o motivo da vista era outro, que foi falado pela Assistente Social. “Temos notícia de sua filha, a Mirene quer falar com você por telefone”. Emocionada Clarice pegou o telefone e o choro, tanto da mãe quanto da filha, impedia o dialogo tão esperado depois de vinte anos sem contato. “Eu já tinha perdido a esperança de encontrar meus filhos. Mas graças a Deus hoje eu recebi o maior presente da minha vida. Agradeço a todos que estão me está ajudando”, disse Clarice. Mesmo depois de duas décadas, a preocupação de mãe ainda estava presente, em conversa com a filha Mirene Clarice perguntou por todos os seus outros filhos, perguntas e resposta que confirmaram realmente que ela era a mulher que estava sendo procurada. “Já está muito bom! Mas ficarei mais feliz quando eu os vejo novamente”, frisou. A informação é de que Mirene Aguiar virá a Vermelho Novo na semana que vem, mas o dia ainda não foi confirmado.

A HISTÓRIA

Clarice mora na cidade de Vermelho Novo
 juntamente com o seu companheiro

    “Clarice do Zé do Dado”, como é conhecida na cidade, recebeu esse codinome devido o nome de seu companheiro José do Dado, que é natural de Vermelho Novo. Segundo informações eles se conheceram na cidade de Manhuaçu, onde começaram um relacionamento. Voltando para a região de Vermelho Novo José trouxe a companheira, por isso o nome verdadeiro de Icarícia ficou pouco conhecido na região. Na época eles teriam vindo de Manhuaçu em uma carroça puxada por Zé do dado. Clarice já morou em várias cidades da região como, Matipó, Ponte Nova e Manhuaçu. Hoje ela vive com o seu companheiro em uma casa alugada pela prefeitura de Vermelho Novo, que também custeia a água e luz, além de cestas básicas de alimento, sua renda fixa é o "Bolsa Família". Com uma deficiência no olho direito a mulher de 57 anos é bastante conhecida na cidade.

       Ela já morou também em várias comunidades rurais do município, apesar dela e seu esposo serem viciados no álcool, ela é elogiada pelo capricho que tem nos afazeres domésticos. O motivo que a levou a abandonado a capital e ter vindo morar no interior do estado ainda é controverso, mas tudo indica que tenha sido por motivos familiares.

      A reportagem do Jornal União dos Vales irá acompanhar o desfecho da história.

*A materia em vídeo do momento em que Clarice conversou com a filha por telefone será postada na NOSSA TV.