segunda-feira, 5 de março de 2012

Polícia

Mais de um mês do acidente com caminhão, uma das vítimas permanece internada
"Antônio já recebeu alta da UTI, mas ainda permanece internado"
                                                                                                VERMELHO NOVO – Após vários dias do trágico acidente em que um caminhão que transportava trabalhadores rurais teria perdido o freio em um morro na comunidade dos Moreiras, zona rural de Vermelho Novo, uma das vítimas ainda permanece internado. No dia do acidente, 23 de janeiro, segunda-feira trágica para moradores da localidade, durante a descida o caminhão chocou-se de frontalmente contra uma motocicleta, o piloto e o carona ficaram gravemente feridos, assim como alguns trabalhadores, porém com menos gravidade.

        No dia do acidente os dois foram encaminhados para o hospital na cidade de Caratinga, onde o garupeiro o jovem Marcos foi transferido para o Hospital João XXIII em Belo Horizonte, ele recebendo alta após vários dias internado, ele continua em tratamento na casa de familiares na comunidade rural do Gavião.

           Já o piloto, devido o seu estado grave de saúde, não pode ser transferido para outro hospital nos dias do acidente. Somente duas semanas ele foi transferido para o Hopsital Cesar Leite, na cidade de Manhuaçu. Segundo a família ele passou por uma cirurgia onde teve sua perna direita amputada.

O DRAMA DA FAMILIA

Geraldo e dona Ana falaram do drama que eles tem vivido
         Sabendo dessa triste realidade a reportagem do jornal “União dos Vales” visitou a família de Antônio, moradores da comunidade dos Portugueses, zona rural de Vermelho Novo. Fomos recebidos por dona Ana e senhor Geraldo, o olhar triste, dos pais da vítima, mostrava o drama que a família tem vivido desde a tarde daquele dia 23 de janeiro. Dona Ana lembrou do dia da tragédia. “O que nos deixa mais triste é que meu filho foi a cidade para fazer caridade. Ele foi levar o Marcos para olhar alguns papeis para a construção de casa do programa “Minha casa, Minha vida rural” ”, lamentou dona Ana.

           Além do susto provocado pela tragédia do dia 23 de janeiro, o drama agora é em relação a uma divida hospitalar. Segundo a família, como o Hospital de Caratinga não tinha muito meios para atendê-lo, onde todas as despesas estavam sendo custeadas pelo Sistema Único da Saúde – SUS -, e o quadro de saúde de Antônio estava se agravando dia após dia.
A esposa de Antônio e o filhinho de três anos estão
 na casa da família de Antõnio
           O desespero tomou conta da família levando então a decidirem pela transferência dele para o Hospital César Leite na cidade de Manhuaçu. Como não havia vaga na UTI, custeada pelo SUS, Antônio foi internado de maneira particular. Os 23 dias internado as despesas incluindo as diárias, cirurgia e medicamentos na UTI somaram uma divida de 43 mil e 300 reais, quantia que a família não tem condições financeiras para saná-la. Segundo os pais de Toninho, como é conhecido, eles até chegaram ao extremo de querer vender a pequena propriedade para arcar com as despesas. “Quando ficamos sabendo que a única maneira de salvar a vida de meu filho era a transferência dele nós decidimos vender nosso terreno. Preferia ficar sem lugar para morar ao ver nosso filho morrer”, disso o pai Geraldo Cerra. A mãe de Toninho, dona Ana falou da tristeza. “Nossa! Esses últimos dias nós temos sofrido muito. Ver um filho que era saudável e trabalhador e agora vê-lo em uma UTI e ainda perder uma perna é muito triste”, lamentou dona Ana.
Os familiares de Antônio vive da agricultura na zona rural
de Vermelho Novo
           Campanhas estão sendo realizadas, por pessoas da comunidade, com intuito de arrecadar recursos para ajudar a pagar a divida. “Nós temos que agradecer a todos que estão nos ajudando neste momento tão difícil. Graças a Deus podemos contar com muitos amigos”, enfatizou senhor Geraldo. Na última semana ele recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva, onde foi transferido para o SUS Antônio está se recuperando bem e, segundo a família, ele já conversa. Mas ainda permanece internado.
       Quem quiser contribui com qualquer quantia pode procurar a família ou entrar em contato com o jornal “União dos Vales”.

Francisco Pinto

Foto e video da entrevista ainda serão postados.

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