quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Polícia

Justiça pede exumação do corpo de criança de dez meses, para averiguar a causa da morte

A exumação aconteceu no semitério de Vermelho Novo
                VERMELHO NOVO - Foi realizado na tarde desta quarta-feira, (15), no semitério de Vermelho Novo, a exumação do corpo de Andrielle das Dores de Paula, o bebê de apenas dez meses de idade, morreu no dia 26 de janeiro deste ano. A morte da menina tornou-se um mistério na cidade, pois a informação era de que a menina estava sob os cuidados de uma tia e no dia vinte e seis de janeiro, pela manhã, ela foi devolvida para a mãe Leocadia Liberato, 21 anos, e na tarde do mesmo dia ela veio a falecer.
       Após uma serie de informações acerca do caso, colhido entre pessoas da comunidade, o Conselho Tutelar encaminhou pedido de averiguações ao Ministério Público. A pedido da promotoria de Raul Soares, o juiz da Comarca de Ponte Nova expediu mandado de exumação cadaver, acatado pelo delegado de polícia civil de Raul Soares Dr. José Eduardo.
      A exumação aconteceu vinte dias depois da morte, pois no dia do faleciemento não havia nada de anormal sobre a morte, não foi realizada autópsia. O trabalho foi realizado pela perícia de Caratinga, gerenciada pelo períto da policia civil Dr. Thales Edson Chaves. Segundo ele não havia sinal de lesões no cadáver, mas foi recolhido matérial para a analíse toxicólogico, segundo o médico o resultado do exame sairá em 30 dias. A equipe da TV Record e a reportagem do jornal União dos Vales, companharam os trabalhos, a presença da Record na cidade, causou especulação por parte da população vermelhense. 

ENTENDA O CASO

Dr. Thales Falou sobre a exumação
       Segundo informações, Leocadia estava morando com seu ex-companheiro em uma comunidade rural de Vermelho Novo, local onde Andriele mor reu.  Alem de Andrielle, a jovem de 21, tem outro filho de quase dois anos de idade, os dois eram filhos de relacionamentos diferentes. De acordo com os fatos Leocadia teria dado a filha para Eliza, que é tia da menina e ficando sobre os seus cuidados durante alguns dias.
      Ainda seguindo os fatos, no dia 26 de janeiro a menina estaria chorando muito, preocupada a tia resolveu devolver Andriele para a Leocadia, pensando que ela estava chorando por sentir falta da mãe. Então o bebê foi devolvido, para a mãe na manhã do dia 26 (quinta-feira), e por volta das 17 horas ela deu entrada na unidade de saúde da cidade, o médico de plantão constatou a morte da menina, pelo fato de não haver fratura ou mesmo sinal de espancamento, o corpo foi liberado para a funerária.
      Na certidão de óbito, o motivo da morte é indeterminada. Após o sepultamento, comentários começaram a emergir na cidade sobre o fato de que a mãe havia dito várias vezes que não queria o bebê, quando a menina tinha cinco meses de idade, a mãe havia procurado o Conselho Tutelar com o objetivo de doar a filha, o fato motivou o Conselho a pedir a justiça uma apuração mais precisa sobre as causas da morte.  Como não foi feito a autópsia no dia em que a menina morreu, a justiça decidiu exumar o corpo para fazer a necrópsia do mesmo.

A VERSÃO DA MÃE

Leocadia contou o que aconteceu no dia da morte
      A equipe de reportagem do jornal União dos Vales e TV Record, procurou a mãe de Andrielle para saber o que aconteceu na tarde daquele dia 26 de janeiro. "Eu estava em casa e a tia de Andrielle chegou e me resaltou que ela chorava muito, eu fiquei muito preocupada, mas depois ela parou de chorar. A minha filha mamou duas mamadeiras de mingau e eu a coloquei no berço para dormir e ela dormiu rapidamente", contou a mãe, reiterando ainda que "foi quando o meu outro filho subio no berço para brincar e ela não acordou, então, eu fui olhar o que estava acontecendo, percebi que Andrielle estava desmaiada e não acordava, procurei ajuda e a levei para o posto de saúde".
Andrielle tinha dez meses de idade
    Questionada sobre o fato dela dizer em doar a filha para outras pessoas, ela explicou. Segundo Leocadia a sua ex-cunhada e tia da menina estava querendo adotá-la e como ela tinha que panhar café, resolveu , então, deixar a filha com Eliza. "Jamais eu dei a minha filha para ela, eu simplismente queria que ela cuidasse dela para mim durante a panha de café, a minha esperança era que quando passasse a safra eu a pegaria de volta", disse Leocadia.
    Indagada sobre a separação de seu companheiro, nos dias em que o fato aconteceu, ela foi taxativa. "A minha separação não teve nada haver com a morte da minha filha". Finalizando a entrevista Leocadia desabafou. "Acusar todo mundo mim acusa, mas ninguém reconhece a minha dor, de mãe, em ter perdido Andrielle", e acrescentou "está muito difício para mim. Além de perder a minha filha eu tenho que conviver com o olhar de acusação das pessoas", finalizou.

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